Saiba o verdadeiro significado da Páscoa.

É tempo de Páscoa. Mas, além de todo o frisson em torno de chocolates e pratos com bacalhau, o feriado tem um significado todo especial. Os católicos aprendem desde criança que a Páscoa é época de Ressurreição. O termo pode referir-se também ao período do ano canônico que dura cerca de dois meses a partir desta data até o Pentecostes. Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pessach (que deu origem à palavra Páscoa e quer dizer Travessia), quando os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egito. Na Páscoa, os cristãos celebram a ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por crucificação, na Sexta-feira Santa, que teria ocorrido nesta época do ano em 30 ou 33 d.C.

 

A Sexta-feira Santa – ou Sexta-feira da Paixão – é a sexta-feira antes do Domingo de Páscoa. Segundo a tradição cristã, a ressurreição de Cristo aconteceu no domingo seguinte ao dia 14 de Nisã, no calendário hebraico. A mesma tradição refere ser esse o terceiro dia desde a morte. Assim, contando a partir do domingo, e sabendo que o costume judaico, tal como o romano, contava o primeiro e o último dia, chega-se à sexta-feira como dia da morte de Cristo. Sabendo que a Páscoa, no calendário gregoriano, pode cair entre 22 de março e 25 de abril, a Sexta-feira Santa pode ter lugar em qualquer dia entre 20 de março e 23 de abril.

 

Todos os feriados eclesiásticos são calculados em função da data da Páscoa. Como o domingo de Páscoa ocorre no primeiro domingo após a primeira lua cheia que se verificar a partir de 21 de março, e a sexta-feira da Paixão é a que antecede o Domingo de Páscoa, então a terça-feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa e a quinta-feira do Corpo de Cristo ocorre 60 dias após a Páscoa.

 

Picanhazinha assada no espeto da churrascaria? Nem pensar. Antigamente, não se comia carne durante toda a Semana Santa e em todas as sextas do ano. Segundo a assessoria de Imprensa da Arquidiocese do Rio de Janeiro “a Igreja prescreve que o fiel deve abster-se de carne na quarta-feira de cinzas e na Sexta-feira Santa. A lei da abstinência de carne é para os maiores de 14 anos de idade. A abstinência de carne pode também ser substituída por alguma outra prática de abstinência ou de caridade para aqueles que não puderem se alimentar com outros tipos de alimentos em razão de doença. O consumo de peixe não é imposto pela Igreja“. Mesmo assim, o costume de comer peixe nesta época do ano perdura até hoje.

 

Outra tradição que, aos poucos, vai desaparecendo das grandes cidades, mas que ainda se mantém viva em grande parte do interior do país é a malhação do Judas, no Sábado de Aleluia. Dizem que o costume foi trazido pelos portugueses e espanhóis para toda a América Latina. No começo, o boneco representava a figura do Judas Iscariotes; atualmente, outras personagens foram substituindo o traidor de Cristo. Hoje, é comum que o Judas seja um boneco de políticos e figuras públicas controversas.

 

Mas convenhamos que a alegria dos pequenos e dos grandinhos na Páscoa é mesmo o ovo de Páscoa, preferencialmente, os ovos de Páscoa.A tradição do Coelhinho da Páscoa foi trazida para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e o início do século XVIII. No Antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. Os coelhos são notáveis por sua capacidade de reprodução, e geram grandes ninhadas, e a Páscoa marca a ressurreição, vida nova, tanto entre os judeus quanto entre os cristãos.

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